Saiba mais sobre como manter suas bombas funcionando bem por mais tempo com atitudes simples
Indústrias, fábricas e, até mesmo, embarcações dependem muito da durabilidade de seus equipamentos e maquinários – as bombas para transferência de fluidos fazem parte desse grupo. O tempo em que uma bomba fica sem funcionar pode custar muito em termos de perda de produção e consertos. Isso mostra como a manutenção de equipamentos é essencial para garantir uma operação integral e com bom funcionamento.
Quando falamos em manutenção, há duas classificações possíveis: manutenção corretiva – que acontece quando algum problema já ocorreu e precisa ser realizada o mais rápido possível para que a produção continue – e manutenção preventiva – que tem o objetivo de evitar defeitos e mau funcionamento.
A importância da manutenção preventiva
Depender apenas da manutenção corretiva pode ser um problema. É possível trabalhar para impedir que uma situação aconteça ao invés de simplesmente remediá-la. É aí que entra a prevenção.
Se você conta com um equipamento como uma bomba de transferência de fluidos e não conta com um programa de manutenção preventiva, o primeiro passo a tomar é tornar alguém responsável por isso – talvez um engenheiro ou alguém que cuide da operação. É essencial que haja alguém de confiança que possa checar se há alguma situação que merece mais atenção.
Um programa de manutenção de equipamentos geralmente envolve checagens periódicas da performance, uma inspeção das peças e a lubrificação de rolamentos e encaixes. É muito importante fazer uma análise visual diária.
Alguns fatores que podem fazer parte dessa análise e que são fáceis de identificar são:
- Vazamentos: verifique se há vazamentos na bomba e na tubulação que precisam de ajustes para evitar problemas na performance e baixa na produção, assim como qualquer tipo de bagunça. Partes em que é comum haver vazamentos são a caixa de enchimento e os selos mecânicos – os selos, inclusive, precisam ser trocados frequentemente.
- Barulhos incomuns: um dos primeiros sinais de que há um problema é barulho. Como qualquer equipamento com motor, há o som normal da bomba trabalhando. No entanto, barulhos altos e incomuns devem ser investigados.
- Vibração extrema: uma bomba corretamente instalada e funcionando bem não deve vibrar em excesso, por isso qualquer nível de vibração considerado excessivo precisa de atenção especial. Algumas causas comuns podem envolver ajustes no rotor ou danos e desalinhamento na bomba e no motor.
- Corrosão: ferrugem, descascamento ou descoloração do revestimento da bomba e de sua tubulação precisam ser identificados e tratados imediatamente, já que se tratam de sintomas de corrosão. Ela pode não somente causar a falência do equipamento, mas também a contaminação do fluido sendo bombeado.
- Superaquecimento: a bomba, o motor e os rolamentos esquentando muito não devem ser ignorados, já que podem indicar algum tipo de problema. Os motivos podem envolver: atrito e consequente desgaste de peças internas; energia incorreta na bomba; o equipamento está funcionando em um processo que não pode manter.
- Entupimento: a presença de sólidos pode resultar no entupimento de rotores ou válvulas, caso a bomba não tenha a capacidade de fazer com que eles passem por ela. É fácil detectar uma situação de entupimento, já que o equipamento não vai liberar a mesma quantidade de fluido que o normal.
Cronograma de manutenção
Manutenções preventivas de uma bomba de transferência de fluidos devem fazer parte da rotina de qualquer empresa que utilize esse tipo de equipamento. Elas podem ser organizadas em um cronograma de manutenções periódicas. Estabelecendo quando algumas tarefas devem acontecer, esse cuidado se torna mais simples e eficiente. Não apenas reduz a possibilidade de falhas inesperadas, como diminui o custo de manutenção.
Confira um exemplo de cronograma:
FREQUÊNCIA | QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS | TEMPO | TAREFA |
Diariamente | 1 | 10 a 15 minutos | Checar se há superaquecimentoChecar se há cavitação ou barulho nos rolamentosChecar a corrente do motor e a voltagem |
Semanalmente | 1 | 20 a 30 minutos | Checar a sucção e as pressões de descargaChecar vibrações e barulhosFazer a checagem visual por vazamentos na tubulação e na vedaçãoChecar sinais de corrosão ou descoloração |
Mensalmente | 1 | 20 a 30 minutos | Remover proteções de segurança e checar dispositivos auxiliares e hastesChecar o alinhamento do acoplamentoCompletar o óleo lubrificante – caso necessário |
Anualmente | 2 | 2 a 3 horas | Se tiver uma bomba de back up, ligar e checar se é necessária alguma manutençãoChecar o movimento axial da haste do motorRemover e limpar todos os dispositivos auxiliares (válvulas, manômetros, tubos, visores, etc)Remover os engates e checar se não há desgaste nas peças de borracha (trocar, caso necessário) |
A cada 2 anos ou 10.000 horas | 2 | 6 a 8 horas | Desmontar a bomba desde a tubulaçãoInspecionar partes específicas, substituindo-as, caso necessário:RotoresAnéis e chapasAnéis de vedaçãoHastesAplicar revestimento em superfícies não usinadas |
Invista na manutenção preventiva
Criar um cronograma de manutenção ajuda a prevenir falhas inesperadas no seu equipamento de bombeamento. Organize manutenções periódicas e experimente os benefícios no funcionamento de suas bombas de transferência de fluidos.