Descubra quais os tipos mais comuns de rotor para uma bomba de transferência de fluidos e suas aplicações
Quando se fala em uma bomba de transferência de fluidos, para garantir sua eficiência é preciso garantir que as peças certas sejam instaladas nos equipamentos certos. Uma dessas peças é o rotor. Mas para que serve um rotor?
Rotor é o componente giratório de uma bomba centrífuga. Ele transfere a energia do motor para a substância que será bombeada. É feito de palhetas que se movimentam no centro, conhecido como “olho”, e criam uma força centrífuga conforme giram para movimentar o líquido da entrada até o ponto de descarga.
Há diversos tipos de rotor, cada um oferece diferentes características de performance, o que acaba fazendo com que funcionem mais ou menos para uma aplicação em particular. Pela função vital dessa peça para a operação, é possível entender por que seu tipo e seu tamanho são fatores importantes na especificação de uma bomba. Mas quais exatamente são as diferenças entre cada modelo e quando escolher cada um?
Os modelos de rotor para bombas centrífugas
Descubra quais as funções e aplicações de cada tipo de rotor:
1 – Rotor aberto
Como o nome sugere, um rotor aberto tem palhetas abertas nos dois lados sem nenhuma capa protetora. Como não tem nenhuma proteção tende a ser mais fraco e, portanto, usado em bombas menores, que não são operadas sob muita tensão.
Embora possa suportar um nível de sólidos maior que rotores fechados, requer um NPSH mais alto para operar sem cavitação, defeitos e perda de eficiência.
2 – Rotor semiaberto
Rotores semiabertos têm uma proteção na parte de trás que fornece força mecânica às palhetas, enquanto permanecem abertos do outro lado. Eles estão, de certa forma, entre rotores abertos e fechados em termos de eficiência e NPSH requerido, fazendo com que sejam aplicáveis para bombas de tamanho médio, com baixa quantidade de sólidos flexíveis.
É importante reparar que nos rotores semiabertos o espaço entre as palhetas e a proteção da bomba deve ser pequeno. Se for muito grande, deslizamento e recirculação podem acontecer.
3 – Rotor fechado
O rotor fechado tem proteções na frente e atrás, promovendo o máximo de força. Requer um NPSH mais baixo e promove um fluxo mais eficiente. No entanto, é uma peça mais complicada e cara, porque depende dos anéis para reduzir cargas axiais e ajudar a manter a eficiência.
É a opção mais comum para bombas grandes, transferindo líquidos limpos, já que tende a entupir no contato com sólidos.
4 – Rotor vórtex
Diferente das primeiras opções, rotores vórtex não são rotores de canal. Na aparência, são semelhantes ao modelo semiaberto, mas têm mais espaço na voluta e funcionam de maneira diferente.
Seu design é ideal para fluidos sujos, contendo detritos e sólidos pegajosos, já que cria um vácuo que mantém qualquer sujeira longe do rotor, enquanto o líquido é bombeado, prevenindo problemas nas peças. Tem risco mínimo de entupimento, mas baixa eficiência. Por essa razão, rotores vórtex só devem ser utilizados realmente quando são necessários.
5 – Rotor de corte
Semelhante aos rotores vórtex, os de corte foram criados para lidar com sólidos. No entanto, eles são diferentes por possuírem bordas afiadas, algo como tesouras destruindo qualquer parte sólida antes de entrar na bomba. Também têm eficiência baixa, mas são ideais para equipamentos de tratamento de esgoto e outros detritos.
O impacto do diâmetro do rotor
Assim como o modelo do rotor, também é importante considerar seu diâmetro, já que ele pode afetar a performance. Quanto mais largo o rotor, mais alta é a velocidade circunferencial na saída e, portanto, maior o fluxo produzido pela bomba – e vice-versa. Nesse caso, os rotores podem ser aparados para chegar ao tamanho certo para cada aplicação. Isso acaba sendo mais barato do que usar um drive de frequência variável para chegar ao ponto desejado.
No entanto, quanto mais um rotor é aparado, maior é o espaço entre ele e seu revestimento, o que resulta em perda de eficiência da bomba. É por isso que há um limite para tal ação.
Conheça bem sua bomba e suas aplicações
Conhecer seu equipamento e o que você deseja fazer com ele, possibilita escolher as melhores peças e garantir mais eficiência e segurança.